Uma epidemia de saúde pública silenciosa que ameaça o futuro das crianças.
A obesidade infantil é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal na criança, podendo trazer consequências graves para a sua saúde física, mental e social.
Segundo o Ministério da Saúde, 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As principais causas:
As principais causas da obesidade infantil ocorrem através de um somatório de fatores que vão além de uma alimentação inadequada, fatores genéticos, entre outros.
- Alimentação inadequada
Uma dieta rica em alimentos ultraprocessados, consumo de fast-foods, refrigerantes, doces, calorias vazias, açúcares refinados, gorduras saturadas e sódio, e pobre em nutrientes essenciais é um dos principais fatores da obesidade infantil.
- Sedentarismo
A falta de atividade física regular ao lado do aumento de tempo diante de telas de dispositivos, pode substituir atividades físicas e brincadeiras ao ar livre, reduzindo o gasto calórico reduzido.
- Fatores genéticos
Histórico familiar de obesidade aumenta a probabilidade de desenvolver a condição. Porém, esses fatores não são absolutos, interagindo com fatores ambientais.
- Ambiente familiar
Os hábitos alimentares pouco saudáveis dentro de casa junto a família tendem a transmitir esses comportamentos para as crianças. Além disso, o fácil acesso a alimentos não saudáveis em casa pode contribuir para o problema.
- Fatores psicológicos
Estresse, depressão e ansiedade podem levar a comportamentos alimentares inadequados.
- Pressão da publicidade
A exposição constante a campanhas atraentes e persuasivas de alimentos pouco saudáveis influenciam diretamente e indiretamente as escolhas alimentares.
- Fatores socioeconômicos
Famílias de baixa renda podem ter acesso limitado a alimentos saudáveis e oportunidades para atividades físicas, tornando mais difícil adotar um estilo de vida saudável.
- Alterações na rotina devido à pandemia
O fechamento de escolas, a redução de atividades físicas resultou em um aumento de tempo em frente a tela e alteração dos hábitos alimentares.
Quais os riscos?
A obesidade infantil pode aumentar o risco de diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, doenças cardíacas e câncer. Também pode afetar o desenvolvimento dos ossos, músculos e articulações, prejudicando a formação do esqueleto.
Além disso, pode gerar problemas psicológicos, como baixa autoestima, depressão, isolamento social e bullying devido à dificuldade de aceitação da própria imagem e a pressão estética de uma sociedade que idolatra a magreza.
Como prevenir?
Para prevenir e tratar a obesidade infantil, é fundamental adotar hábitos saudáveis desde cedo, como uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e legumes, e a prática regular de atividade física.
Também é importante o acompanhamento médico e nutricional, para avaliar o estado nutricional da criança e orientar as melhores estratégias, pois cada caso é único. Em situações mais graves, podem ser indicados medicamentos ou cirurgia bariátrica.
A obesidade infantil é um problema de saúde pública que precisa de atenção. É preciso conscientizar as famílias, as escolas e a sociedade sobre a importância de promover uma vida saudável para as crianças, garantindo o seu bem-estar e o seu desenvolvimento pleno.
Fontes
É obesidade infantil? — Ministério da Saúde (www.gov.br)
Obesidade infantil – ObservaPed (ufmg.br)
Obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil — Ministério da Saúde (www.gov.br)Obesidade infantil: causas, dados e consequências – Brasil Escola (uol.com.br)