A saúde, especialmente a saúde do coração, é um assunto que desperta muita curiosidade e dúvidas, levando a várias especulações. Essas suposições podem difundir informações incorretas entre a população, gerando medo, incertezas e prejudicando o cuidado com a saúde de milhares de pessoas.
Afinal, o que é verdade e o que é mito sobre esse órgão vital para o nosso organismo?
O que é o coração e como ele funciona?
O coração é um músculo que bombeia sangue para todo o corpo, levando oxigênio e nutrientes para as células e removendo resíduos. O órgão é dividido em quatro câmaras: duas superiores chamadas de átrios e duas inferiores chamadas de ventrículos.
O sangue entra no coração pelos átrios e sai pelos ventrículos, passando por válvulas que impedem o refluxo. O lado direito do coração recebe o sangue venoso (pobre em oxigênio) e o envia para os pulmões, onde ocorre a troca gasosa. O lado esquerdo do coração recebe o sangue arterial (rico em oxigênio) e o distribui para o corpo, através da artéria aorta.
O ritmo cardíaco é controlado por um sistema elétrico que gera impulsos que fazem as câmaras se contraírem e relaxarem coordenadamente. A frequência cardíaca normal varia de acordo com a idade, sexo biológico, nível de atividade física, estado emocional e diversos outros fatores.
Em geral, a frequência cardíaca fica entre 60 e 100 batimentos por minuto em repouso.
Quais são as principais doenças do coração?
As doenças do coração são aquelas que afetam o funcionamento normal do órgão, podendo comprometer a circulação sanguínea, oxigenação, pressão arterial e a qualidade de vida.
Conheça algumas das principais doenças que afetam a saúde cardíaca.
Doença arterial coronariana.
Ocorre quando há obstrução das artérias que irrigam o coração, causada pelo acúmulo de placas de gordura (aterosclerose). Essa obstrução pode reduzir ou interromper o fluxo de sangue para o orgão, causando angina (dor no peito) ou infarto.
Insuficiência cardíaca.
Ocorre quando o coração fica incapaz de bombear o sangue adequadamente para o corpo. Isso pode causar falta de ar, inchaço nas pernas, fadiga, palpitações e tosse. A insuficiência cardíaca pode ser causada por diversas condições, como hipertensão, diabetes, doença arterial coronariana, valvulopatias, arritmias, miocardites, entre outras.
Arritmias cardíacas.
Ocorre quando há alterações no ritmo ou na frequência dos batimentos cardíacos, que podem ser mais rápidos (taquicardia), mais lentos (bradicardia) ou irregulares (fibrilação atrial).
As arritmias podem ser assintomáticas ou causar sintomas como palpitações, tontura, desmaio, dor no peito ou falta de ar, sendo causadas por fatores genéticos, doenças cardíacas, distúrbios metabólicos, uso de drogas ou medicamentos, estresse ou exercício físico.
Valvulopatias.
São doenças que afetam as válvulas cardíacas, que podem ficar estreitadas (estenose) ou insuficientes (regurgitação), prejudicando o fluxo de sangue dentro do coração e aumentando a pressão nas câmaras cardíacas. Os sintomas podem incluir falta de ar, dor no peito, palpitações, inchaço nas pernas ou febre.
Cardiopatias congênitas.
Ocorre quando há malformações na estrutura ou na função do coração, presentes desde o nascimento. Elas podem afetar as paredes, as câmaras, as válvulas ou os vasos sanguíneos do coração e podem ser causadas por fatores genéticos, ambientais ou desconhecidos.
Os sintomas podem variar de acordo com o tipo e a gravidade, podendo incluir cianose (cor azulada da pele), dificuldade para respirar, cansaço, baixo ganho de peso, infecções respiratórias frequentes ou sopro no coração.
Depois de conhecer rapidamente o orgão e as principais doenças que podem afetar a saúde do coração, é hora de descobrir se o que você sabe sobre o tema é verdade ou resultado de medo e falta de informação.
Somente pessoas com mais de 50 anos apresentam problemas do coração.
Mito. Embora o envelhecimento seja um fator de risco para algumas doenças cardíacas, qualquer pessoa, independente da idade, pode ser acometida por cardiopatias. Inclusive, algumas doenças do coração podem estar presentes desde o nascimento, como é o caso das cardiopatias congênitas.
Além disso, há outros fatores que podem aumentar o risco de problemas cardíacos que vão além da idade, como histórico familiar, obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, sedentarismo e estresse.
As emoções influenciam na saúde do coração.
Verdade. Poucas pessoas sabem, mas a saúde mental também afeta o coração. A raiva, a tristeza, a ansiedade, a solidão e o estresse, quando em excesso, também são considerados fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
Isso ocorre porque essas emoções podem alterar os níveis de hormônios e neurotransmissores no organismo, causando aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e da coagulação do sangue.
Os problemas cardíacos atingem apenas quem está acima do peso.
Mito. A obesidade e o sobrepeso são fatores de risco, mas isso não significa que as cardiopatias se desenvolvem apenas em pessoas que estão acima do peso. Indivíduos com peso considerado adequado, mas que são portadores de doenças metabólicas, como diabetes e colesterol alto, também apresentam chances significativas de desenvolverem doenças cardiovasculares.
Além disso, existe um tipo de obesidade conhecida como obesidade visceral ou centralizada, caracterizada pelo acúmulo de gordura na região do abdômen. Essa gordura é consideravelmente mais perigosa para o coração do que a gordura subcutânea (que fica embaixo da pele), pois libera substâncias inflamatórias que podem danificar as artérias.
Homens e mulheres têm sintomas diferentes de infarto.
Verdade. Os sintomas mais comuns de infarto são dor no peito (que pode irradiar para o braço esquerdo, o pescoço ou as costas), falta de ar, suor frio, náusea e vômito. No entanto, esses sintomas podem variar de acordo com o sexo biológico da pessoa.
Enquanto os homens normalmente apresentam sintomas como dor no peito e no braço esquerdo, as mulheres podem ter sintomas menos específicos e mais leves, como dor nas costas ou na mandíbula, cansaço extremo, indigestão ou palpitações.
Quem sofreu infarto não deve mais praticar esportes.
> Quem sofreu infarto não deve mais praticar esportes.
Mito. Quem sofreu infarto não deve mais praticar esportes, mas realizar a prática regular de atividade para reforçar o tratamento e a prevenção de novos eventos cardíacos. O mais indicado é realizar exercícios mais simples e moderados, como caminhada, sempre com acompanhamento profissional.
Por isso, é importante que mulheres estejam mais atentas aos sinais do corpo e procurem ajuda médica imediatamente sob qualquer suspeita de infarto.
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